quinta-feira, 6 de julho de 2017

Aftas? Saiba o que fazer para se prevenir e aliviar a dor



quarta-feira, 5 de abril de 2017

Dor, coceira e outros 5 sintomas de câncer de pele que muita gente nem imagina


Quando se trata de detectar um câncer de pele, nossa atenção se volta para as pintas, que são ótimos indicativos da doença. Mas os sintomas não se restringem a elas. Você sabia, por exemplo, que coceira pode ser um sinal de carcinoma? Veja outros a seguir.

Sintomas de câncer de pele: os menos falados

Lesões avermelhadas com vasinhos aparentes

A dermatologista Mabe Freitas Gouveia, da Clínica Valéria Marcondes (São Paulo), explica que o câncer não melanoma, que pode ser carcinoma basocelular ou espinocelular, pode se manifestar através de lesões avermelhadas, com alguns pequenos vasos sanguíneos aparentes, protuberantes ou não, que possuem crostas.

Feridas que não cicatrizam 

Essas lesões avermelhadas, de acordo com a médica, também têm em comum o fato de não cicatrizarem. Elas permanecem na pele por um tempo prolongado e muitas vezes você sequer se dá conta da sua presença.
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Dor e/ou coceira 

As lesões do tipo carcinoma basocelular e espinocelular (câncer não melanoma), por serem lesões que acontecem nas camadas mais superficiais da pele, podem gerar dor e coceira. “Mas, é importante lembrar que nem todas as lesões de pele que apresentam coceira são, necessariamente, câncer de pele”, explica a dermatologista.

Manchas mais claras que a pele 

O câncer não melanoma também pode aparecer sob a forma de manchas mais claras que a pele. Fique atento a áreas como rosto, pescoço, orelhas e couro cabeludo, caso você não tenha cabelo.

Caroço na pele 

“Alguns carcinomas espinocelulares (do tipo de câncer não melanoma) podem se apresentar como lesões nodulares mais protuberantes, como um caroço que não cicatriza, que tem uma crosta e pode sangrar e ser dolorido”, explica Mabe Freitas. “Existem também alguns tipos de câncer, como o melanoma nodular, que também pode ser uma pinta mais alta, que se apresenta como um caroço”.
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Sangramento

Pequenos vasos sanguíneos estão, em geral, muito expostos nas lesões de câncer de pele. Portanto, por estarem tão sensíveis e em áreas superficiais, a qualquer pequeno gesto, como encostar ou coçar, podem causar o sangramento.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O Que Fazer Para Identificar e Tratar a Conjuntivite


Muita gente que foi viajar para alguma outra cidade ou participar de uma festa com grande aglomeração de pessoas voltou para casa com uma surpresa, com os olhos vermelhos, secos e secretando um líquido. O diagnóstico do médico nestes casos é direto: conjuntivite. Mas pouca gente sabe o que fazer para identificar e tratar a conjuntivite. A doença se trata de uma inflação da conjuntiva, uma membrana que reveste a parte clara dos olhos. Existem três tipos de conjuntivite, a alérgica, viral ou bacteriana. No verão, o tipo de conjuntivite mais comum é o causado por um vírus. O problema deste tipo de conjuntivite é que a principal característica dela é ser altamente contagiosa. A conjuntivite viral pode perdurar entre duas e três semanas.

Como se pega conjuntivite


A conjuntivite viral é transmitida facilmente com o uso compartilhado e objetos pessoais como computador, telefone, toalha ou sabonete, por exemplo. O contato direto, como beijo, gotículas de saliva que são expelidas durante a conversa, aperto de mão e outros cumprimentos e até mesmo ao tocar em superfícies onde alguém com conjuntivite tenha tocado, como no corrimão de uma escada, por exemplo. Por isso, para evitar o contágio, a dica é lavar as mãos muitas vezes, porque este membro é o principal meio de transmissão. O cuidado com essa higiene na área das mãos é fundamental, tanto para se proteger do problema como também para não passar a conjuntivite adiante. Outra dica é evitar ao máximo coçar os olhos.

Saiba o que fazer para identificar e tratar conjuntivite


No caso da conjuntivite viral, os primeiros sintomas se resumem a desconforto em apenas um dos olhos, que acabará ficando vermelho em 24 horas. Depois disso, o olho também secreta um líquido, seguido pelo aparecimento de um caroço. Se não for iniciado o tratamento, em até 72 horas o segundo olho também acaba sendo comprometido. Quando os primeiros sintomas forem identificados, a pessoa deve imediatamente passar a tomar medidas que impeçam a transmissão da conjuntivite, como optar por objetos descartáveis e isolar outras peças que se tenha tido contato com as mãos.

Quais são as recomendações: para quem sabe o que fazer para identificar e tratar conjuntivite a melhor recomendação é procurar por ajuda médica. Uma forma de aliviar o desconforto nos olhos é usar uma compressa de água fria com água mineral, sem se esquecer de depois jogar tudo fora. Além disso, o uso de água boricada ou soro fisiológico não é recomendado, já que o líquido acaba sendo guardado mais tarde e pode causar novas infecções. Em cerca de três semanas, no caso de uma conjuntivite leve, os sintomas estarão desaparecendo. Se ao final deste período os sintomas persistirem ou piorarem, chegando a registrar dores e desconforto, a consulta a um oftalmologista será indispensável, porque o caso pode ter se tornado mais grave.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Como identificar e tratar as manchas na pele

As manchas na pele podem existir desde a nascença ou surgir ao longo da vida, devido a causas como exposição solar excessiva, envelhecimento da pele, alergias ou problemas graves, como câncer, por exemplo.
Normalmente, as manchas de nascença não são graves, e permanecem iguais mesmo com tratamentos, já as manchas que surgem ao longo da vida devem ser identificadas e tratadas por um dermatologista, para evitar complicações.
No entanto, para prevenir o surgimento de novas manchas na pele, é importante passar sempre um protetor solar com fator de proteção alto antes de sair de casa, hidratar todos os dias a pele com cremes próprios para cada tipo, evitar a exposição solar excessiva e não espremer espinhas ou cravos, que podem deixar cicatrizes escuras na pele.

Como tratar as manchas na pele

Algumas características, como a cor, a forma ou o momento em que surge a mancha, podem ajudar a identificar o tipo e o tratamento adequado para cada caso. É sempre recomendado consultar um dermatologista quando aparecem manchas na pele.

1. Melasma


O melasma é o tipo mais comum de mancha na pele, manifestando-se como pequenas manchas marrom no rosto que aparecem, especialmente, depois de estar muito tempo exposto ao sol. Quando o aparecimento dessas manchas na pele acontece durante a gravidez, são chamadas de cloasma.
Como tratar: passar diariamente protetor solar com fator de proteção máximo e evitar a exposição ao sol prolongada, assim como fontes de calor, evitando entrar em carros quentes estacionados ao sol ou usar o forno, por exemplo.

2. Mancha senil


As manchas senis são caracterizadas pelo surgimento de manchas escuras nas mãos, braços, rosto e pescoço após os 40 anos de idade, devido ao fotoenvelhecimento da pele causado pelo sol. Essas manchas são mais escuras em indivíduos que não tiveram cuidados com o sol ao longo da vida. Saiba outras formas de clarear as manchas em: Como tirar manchas da pele.
Como tratar: as manchas mais claras e superficiais podem ser tratadas com a esfoliação da pele com creme hidratante e açúcar de 2 em 2 semanas, enquanto as manchas mais escuras devem ser tratadas pelo dermatologista, através do uso de laser ou peeling.

3. Dermatite


A dermatite pode ser consequência do surgimento de uma alergia, e pode causar manchas marrons na pele que coçam e que podem aparecer após ingerir alimentos alergênicos, como o camarão, morango ou amendoim, por exemplo, após aplicar produtos na pele, como cremes, perfumes ou cosméticos, ou usar objetos em contato com a pele, como pulseiras ou colares.
Como tratar: aplicar um creme à base de corticóide 2 vezes por dia, até que os sintomas diminuam. É recomendado consultar um dermatologista para identificar a causa da alergia, de maneira que se possa evitar o contato com esse alergênio.

4. Pano branco


O pano branco, também conhecido como micose de praia, surge devido a uma infecção por fungo, que provoca o surgimento de várias manchas pequenas esbranquiçadas na pele.
Como tratar: passar na pele um creme antifúngico, 2 vezes por dia, durante 3 semanas. Dependendo da extensão das lesões, pode ser necessário tomar um antifúngico oral.

5. Fitofotodermatite


A fitofotodermatite caracteriza-se pelo surgimento de manchas que aparecem quando se expõe a pele ao sol após entrar em contato em frutas cítricas, como limão ou laranja, por exemplo.
Como tratar: lavar bem a pele, espalhar um creme com hidroquinona 3 a 4 vezes por dia e evitar colocar produtos, como perfumes ou cosméticos, sobre a pele afetada.

6. Câncer de pele


O câncer de pele, geralmente, surge como uma pequena mancha ou sinal, que vai crescendo ao longo do tempo, apresentando várias cores, forma assimétrica ou bordas irregulares, por exemplo. Saiba como identificar o câncer de pele em: Sinais de câncer de pele.
Como tratar: é recomendado consultar imediatamente um dermatologista quando existe suspeita de câncer de pele, uma vez que, quanto mais inicial for o câncer, maiores são as chances de cura.

7. Acantose nigricans


A acantose nigricans provoca o surgimento de manchas escuras em locais como parte de trás do pescoço, axilas ou debaixo das mamas, e é mais frequente em obesos ou em pacientes com doenças metabólicas, como a Síndrome de Cushing. Pode ser uma paraneoplasia, ou seja, quando é causado como consequência de uma neoplasia, como por exemplo, câncer de estômago.
Como tratar: deve-se consultar o dermatologista, que irá prescrever cremes clareadores e identificar a causa da acantose nigricans. Além disso, quando é provocada pelo excesso de peso, o paciente deve emagrecer.

8. Vitiligo


O vitiligo é uma doença de pele que leva ao surgimento de manchas mais claras na pele, especialmente em locais como genitais, cotovelos, joelhos, rosto, pés e mãos. O vitiligo pode surgir em qualquer idade e as suas causas ainda não são conhecidas.
Como tratar: é recomendado consultar o dermatologista para iniciar o tratamento adequado de acordo com cada caso.

9. Cicatriz de espinhas


A cicatriz de espinhas é uma causa muito comum de manchas na pele em jovens adolescentes, surgindo, principalmente, após o tratamento da acne grave, por exemplo.
Como tratar: passar óleo de rosa mosqueta 2 a 3 vezes por dia sobre a cicatriz, evitando a exposição ao sol.
Os cuidados referidos acima ajudam a clarear alguns tipos de manchas na pele, no entanto, quando as manchas não diminuem após 1 mês de tratamento caseiro, é aconselhável consultar um dermatologista para diagnosticar o problema e iniciar o tratamento adequado, que pode incluir o uso de pomadas, cremes ou tratamentos estéticos em consultório médico.
Além do sol, as manchas escuras no rosto podem ser causadas por uso de celular e computador.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O QUE É DERMATITE


A dermatite é um significado geral “inflamação do termo da pele”. Para saber o que é dermatite, é preciso entender que existem tipos diferentes, sendo que geralmente são causados por reação alérgica. Tudo depende da sensibilidade e parte do corpo afetada. Veja algumas características que determinam a dermatite:

- A dermatite causada na mão não-dominante atinge trabalhadores que prendem um objeto ao executar uma tarefa mais delicada, frequentemente com uma ferramenta, com a mão dominante.

- A dermatite da roupa é geralmente fruto dos revestimentos usados na fabricação de uniformes e de outros itens da roupa.

- A dermatite de contato é a mais comum e é uma inflamação da pele causada por contato direto com uma substância irritante.

- A dermatite irritante é uma inflamação resultante do contato com ácidos, materiais alcalinos, como sabonetes e detergentes, solventes ou outras substâncias químicas. A aparência resulta em uma espécie de queimadura.

- A dermatite de contato alérgica é causada pela exposição a uma substância ou material a que a pessoa é muito sensível ou alérgica. A reação não é imediata, e varia de vermelhidão a feridas abertas.

- A dermatite por tratamento excessivo é uma forma de dermatite de contato que ocorre quando o tratamento para outra doença de pele causa a irritação.

Alguns causadores da dermatite

- Hera venenosa, carvalho venenoso, sumagre venenoso

- Níquel ou outros metais

- Antibióticos

- Anestésicos tópicos

- Outros medicamentos

- Borracha ou látex

- Cosméticos

- Roupas e tecidos

- Detergentes

- Solventes

- Adesivos

- Perfumes

Outras substâncias ou materiais químicos

Alguns produtos causam reação apenas se entrarem em contato com a pele e são expostos à luz do sol (fotossensibilidade). Exemplos disso são as loções para barbear, protetores solares, pomadas de enxofre, alguns perfumes, produtos com alcatrão de carvão e sumo da casca do limão.

O diagnóstico para esses diversos casos é baseado principalmente na aparência da pele e no histórico de exposição a um irritante ou alérgeno do paciente. O teste de contato exige ao menos três consultas médicas e deve ser realizado por um profissional que possua experiência nos procedimentos e interpretação dos resultados. Na primeira consulta, pequenos adesivos com possíveis alérgenos são colocados na pele. Esses adesivos são retirados após 48 horas para ver se ocorreu alguma reação. Alguns dias depois deve-se continuar visitando o especialista para avaliar qualquer reação que não seja imediata. Outros testes ainda podem ser usados para descartar demais causas possíveis, incluindo a biópsia de lesão de pele ou a cultura da lesão de pele.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Obesidade



Sou obeso e quero mudar esta realidade

A obesidade é uma doença que afeta indivíduos de forma física, psíquica e social, podendo ser causada por múltiplos fatores como doenças endocrinológicas e psiquiátricas, genética, ausência ou diminuição da atividade física, comportamento alimentar inadequado, além dos fatores emocionais. As condições médicas que podem levar à obesidade são responsáveis por menos de 2% dos casos de obesidade.

Noventa e cinco por cento das pessoas tornam-se obesas por dois motivos: ou porque comem exageradamente e/ou porque gastam poucas calorias, mesmo que algumas insistam em dizer que não comem quase nada.

A prevalência da obesidade está aumentando em todo o mundo, tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. Estamos assistindo a chamada “transição nutricional”, que consiste na redução dos índices de desnutrição e aumento da obesidade. As condições associadas à obesidade, como doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemia, hipertensão, alguns tipos de tumores como o câncer de cólon, reto e próstata em homens obesos e de câncer de mama, vesícula e endométrio em mulheres obesas, também estão aumentando. A obesidade ainda predispõe a doenças como colelitíase (“pedras na vesícula”), osteoartrite, osteoartrose, esteatose hepática, apnéia obstrutiva do sono, alterações dos ciclos menstruais e redução da fertilidade.

Todas estas situações podem ser melhoradas com o emagrecimento. Uma redução de 5% a 10% no seu peso corpóreo é uma medida efetiva ao combate das condições mórbidas que aumentam o risco cardiovascular. Basta você decidir se quer ou não mudar os seus hábitos.

Como saber se você é obeso?

O índice de massa corporal, também conhecido como IMC, é a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Ele é calculado dividindo o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. A partir do resultado deste cálculo, basta olhar a tabela abaixo e saber a zona de risco em que você se encontra.

A forma como a gordura se distribui em seu corpo também contribui como fator de risco para doenças. Para classificar a distribuição do tecido adiposo no seu organismo, é usada a medida da relação cintura-quadril (waist-hip ratio ou W/H), que consiste na relação entre a menor circunferência entre o gradil costal e a cicatriz umbilical e a maior circunferência da extensão posterior da região glútea. Quanto maior a W/H, maior a correlação com isquemia coronariana, diabetes melito, hipertensão arterial e dislipidemias.

W/H maior que: 

0,9 para homens
0,8 para mulheres
Obesidade Andróide

W/H menor que:

0,9 para homens
0,8 para mulheres
Obesidade Ginóide

Existem diferentes tipos de obesidade?

A distribuição da gordura é variável de pessoa para pessoa. Essa variação da gordura altera o risco de doenças associado ao excesso de peso. Existem dois tipos básicos de distribuição de gordura. A gordura concentrada na região subcutânea (abaixo da pele), particularmente da cintura para baixo, é chamada de obesidade ginóide ou em forma de pêra e acomete mais as mulheres). Quando a gordura concentra-se no abdome, profundamente entre as vísceras, é chamada de obesidade andróide, em forma de maçã ou obesidade visceral e acomete mais os homens.O tipo andróide é o que mais se relaciona com o maior risco cardiovascular.

Como tratar?

O tratamento deve ser baseado em uma mudança em seus hábitos alimentares, com a restrição na ingestão de calorias e a prática regular de atividades físicas de acordo com o que for adequado e orientado para cada pessoa. Todas essas modificações exigem sua participação ativa e a conscientização em relação à importância de suas atitudes no futuro de sua saúde.

O médico deve detectar os fatores que interferem de forma negativa no sucesso do seu tratamento para que este seja sustentável a longo prazo, antes de iniciar a perda de peso propriamente dita.

O primeiro passo a ser avaliado é se existe uma motivação real para o desejo de perder peso. Um programa de perda de peso vai exigir dedicação e disciplina por parte de quem deseja emagrecer. Toda mudança de hábito é inicialmente complicada, mas as vantagens advindas dessa mudança fazem com que as pessoas permaneçam buscando melhorias concretas.

Motivação através da informação sobre as dificuldades e os benefícios das mudanças de comportamento necessárias e suporte para que estas mudanças possam realmente acontecer são de extrema importância para o sucesso do tratamento.

A história dos seus hábitos alimentares é importante tanto para estabelecer um plano dietético como para a identificação de distúrbios de comportamento alimentar, que podem impedir a obtenção de resultados satisfatórios. A compulsão alimentar, o comer noturno e a necessidade de comer induzidos por certas condições emocionais devem ser explorados e tratados com cuidado.

O médico deve informar a tendência ao ganho de peso não desaparece com o tratamento, sendo geneticamente determinada. Você precisa ter em mente que a predisposição para ganhar peso é um problema crônico. Isto ajuda a adotar as mudanças nos hábitos alimentares e a entender que a prática de exercícios físicos regulares deve persistir por toda vida. Por isso, é importante que a atividade física a ser realizada traga prazer e o plano dietético deve começar a fazer parte de um hábito alimentar normal.

Mudanças exigem, muitas vezes, um longo período de adaptação e o encontro de fontes alternativas de prazer que substituam o ato de comer. Assim sendo, as vantagens e desvantagens de tais mudanças devem ser avaliadas e você deve sentir-se livre para decidir, levando em conta as perspectivas do ponto de vista médico.

O estresse e a depressão são condições que podem predispor ao descontrole para comer, principalmente naqueles que não se sentem motivados para começar um tratamento. Estas condições associadas à auto-imagem negativa e à baixa auto-estima, dificultam os relacionamentos sociais, interferem no comportamento sexual e são fatores importantes que levam à falta de motivação e à sensação de impotência quanto às mudanças necessárias. É importante que o seu médico esteja atento e elimine estas barreiras deixando que você expresse os seus sentimentos. O aprendizado de técnicas de relaxamento, ioga e meditação podem ajudar a lidar com este tipo de descontrole para comer.

Como é o tratamento?

Os conhecimentos sobre a obesidade evoluíram. Hoje em dia, muitas estratégias de emagrecimento têm sido tentadas, mas perder peso e mantê-lo exige muita força de vontade. A perda de peso sempre estará na dependência de um balanço energético negativo, ou seja, depende de uma menor ingestão alimentar em relação ao gasto calórico. Este objetivo é alcançado com a redução da ingestão alimentar e o aumento da atividade física.

O que deve ser levado seriamente em consideração não é só a perda de peso, mas também a correção dos fatores de risco cardiovascular, dependentes da resistência à insulina.

A idéia de reduzir o peso corporal de indivíduos obesos para valores considerados normais, através de dietas com conteúdo calórico muito baixo, vem sendo substituída por condutas menos ambiciosas e mais realistas, devido à impossibilidade de se conseguir, a longo prazo, atingir e manter o peso ideal na maioria dos casos.

O fator que dificulta o sucesso de dietas muito restritivas em termos calóricos, que produzem a curto prazo perdas ponderais significativas, é a tendência fisiológica do organismo de ativar mecanismos compensatórios para minimizar a perda de peso, através da redução na taxa de metabolismo basal. Um tratamento dietético que resulte em uma perda de peso mais modesta, mas que produza alterações mais estáveis, é provavelmente mais favorável. As perdas ponderais entre 5 e 10% do peso inicial podem ser suficientes para produzir alterações benéficas nos níveis de glicemia, no perfil lipídico do plasma e nos níveis da pressão arterial.

O total de calorias a ser consumido deve ser reduzido em 500 a 1000 kcal por dia, com base no cálculo de energia despendida pelo paciente. A dieta assim planejada é usualmente suficiente para produzir uma perda de peso entre 0,5 a 1,0 kg/semana.

As recomendações gerais devem incluir aumento na ingestão de fibras, que produzem maior grau de saciedade, redução no consumo de sacarose, de álcool e de gorduras saturadas. A proporção normal de nutrientes deve ser mantida, apesar da limitação calórica. Proteínas devem perfazer 15 a 20% da quantidade total de calorias da dieta. Carboidratos devem corresponder de 50 a 55 % e as gorduras não devem ultrapassar 30% do conteúdo calórico total.

Você vai aderir melhor à dieta se esta se adaptar às suas preferências alimentares, fornecendo-lhe variadas opções de cardápio. Ao lado disso, o sucesso da dieta depende fundamentalmente do processo de reeducação alimentar, que faz parte da denominada terapia comportamental.

O que deve mudar no comportamento alimentar?

A terapia comportamental auxilia a melhorar seus hábitos alimentares e a aumentar sua atividade física, modificando o estilo de vida através da adoção de hábitos mais saudáveis que o auxiliem na perda de peso e também na manutenção do peso perdido.

Primeiramente, você deve monitorar seu próprio comportamento alimentar, registrando o tipo de alimento que está habituado a ingerir, os locais onde estes alimentos são consumidos, a freqüência do consumo e a condição emocional no momento da ingestão. Através da análise destes registros você mesmo será capaz de identificar os problemas passíveis de correção, particularmente no que diz respeito aos locais e aos períodos do dia que facilitam a ingestão maior de calorias.

Identificado o problema, deve-se então tentar quebrar a cadeia de eventos que levam a perpetuá-lo. Por exemplo, para alguém que na volta do trabalho tem o hábito de parar em uma padaria e comprar pães e doces, o melhor seria mudar o caminho de casa.

É fundamental que seus familiares ou amigos auxiliem de forma positiva as mudanças de comportamento que você está tentando implementar.

A recuperação do peso após o emagrecimento costuma ser evidente após 18 meses. Os melhores resultados são obtidos com uma abordagem que envolva a alteração de comportamento, o maior contato social, o aumento da atividade física e o auxílio de um psicoterapeuta.

Existem técnicas para controlar a ingestão de alimentos?

  • Procure fazer três refeições principais durante o dia, anotando durante sete dias os alimentos que você consumiu. Anotando durante sete dias os alimentos que você consumiu e avaliando o conteúdo de calorias e a composição da dieta em termos de macronutrientes. Os macronutrientes é que fornecem as calorias aos alimentos. São eles: os carboidratos, as proteínas e as gorduras.
  • Procure se alimentar todos os dias na mesma hora e no mesmo local da casa.
  • Coma somente se estiver sentado. Isto evita consumir pequenas quantidades de alimento, em pé, diante da geladeira, por exemplo.
  • Concentre-se nos alimentos que está consumindo, mastigando-os bem.
  • Elimine distrações tais como ler ou assistir televisão durante as refeições.
  • Use pratos pequenos para os alimentos e não coloque travessas com alimentos sobre a mesa.
  • Cozinhe porções menores de alimentos.
  • Diminua o ritmo da refeição descansando os talheres sobre a mesa.
  • Não use condimentos calóricos, como catchup, mostarda ou maionese.
  • Não faça compras de alimentos nos supermercados antes das refeições. Isto ajuda a evitar a compra maior e desnecessária de alimentos calóricos.
  • Evite servir-se pela segunda vez.
  • Procure avaliar se os seus hábitos alimentares favorecem ou não o ganho de peso. Caso sua resposta seja positiva, faça um plano para corrigir os fatores que, no seu caso, favorecem o ganho de peso.
  • Procure dormir bem. Durante o sono normal, a regulação hormonal favorece a saciedade e regula o metabolismo do organismo. A leptina, substância liberada durante o sono, controla a gordura do corpo dando sinais de que estamos alimentados. Quando o corpo é privado do sono, a leptina é reduzida, aumentando a vontade de comer. Em média, um adulto saudável necessita de 6 a 8 horas de sono por dia.
  • Procure comer mais frutas, verduras, nozes e grãos.
  • Reduza açúcar e gorduras na sua dieta. Mude das gorduras animais para as gorduras vegetais.


Cirurgia bariátrica. O que é isso?

Em alguns casos mais graves, as mudanças alimentares e a prática de atividades físicas são impossíveis de serem implementadas. Nestas situações, apenas uma intervenção médica mais efetiva, como a cirurgia bariática (cirurgia para redução do tamanho do estômago), deve resolver o problema. A maioria desses casos são aqueles em que o índice de massa corporal atinge valores superiores a 40 kg/m^2.

Nestes obesos, os inúmeros tratamentos e a oscilação ponderal, além do potencial genético, agravam o quadro clínico. As doenças associadas à obesidade grau III (hipertensão arterial, artropatias, dislipidemias, diabetes, disfunções respiratórias, etc), geraram o termo “obesidade mórbida”, que deve ser abandonado.

Existem dois tipos de cirurgia bariátrica. No primeiro, em que há redução do tamanho do estômago, existem três variações denominadas: banda vertical ajustável, gastroplastia vertical, gastroplastia vertical com by-pass em y de Roux. Esta última, também chamada Capella ou Fobi-Capella, é a mais utilizada e foi desenvolvida por cirurgiões. Além da restrição causada pela diminuição do volume do estômago, ocorre uma pequena disabsorção dos alimentos, porque eles deixam de passar pela primeira parte do intestino delgado.

O segundo tipo é a cirurgia disabsortiva (ou Derivação bilio-pancreática), chamada de cirurgia de Scopinaro. Neste caso, o paciente terá mais liberdade de comer maior quantidade de alimentos, já que não há grande diminuição do estômago, que fica com 2/3 do seu tamanho original. O que é feito aqui é um grande desvio do alimento, que vai para o intestino grosso.

Estes pacientes submetidos à gastroplastia redutora devem ser acompanhados, recebendo orientações específicas para elaboração de uma dieta equilibrada. A adesão ao tratamento deverá ser avaliada, uma vez que pacientes instáveis psicologicamente podem recorrer a preparações de alta densidade calórica, de baixa qualidade nutricional, colocando em risco o sucesso da intervenção a longo prazo.

Existem contra-indicações para a realização desta cirurgia como, por exemplo, cirrose hepática, algumas doenças renais e psiquiátricas graves, vícios (droga, alcoolismo) e disfunções hormonais. Todas devem ser avaliadas por profissionais com prática e conhecimento aprofundado neste assunto.

Em todos os casos você deverá, obrigatoriamente, ter pleno conhecimento das características, necessidades, riscos e limitações de cada cirurgia. Participe de reuniões com uma equipe multiprofissional e com pacientes já operados para poder ter certeza da sua decisão.

Os cuidados a serem tomados antes e após cada cirurgia vão depender de cada caso, mas no geral consistem em avaliações clínico-laboratoriais com exames de sangue, radiografia de tórax, ultra-sonografia e/ou tomografia do abdômen, avaliação cardiológica, endoscopia digestiva com pesquisa de H. Pylori e avaliação da função respiratória (mais aprofundada quanto mais obeso ou complicado seja o caso). Caso o paciente tenha alguma doença que necessite tratamento e controle prévio, a cirurgia será adiada até que se obtenha a melhor condição clínica.

Os obesos que passam por uma cirurgia bariátrica necessitam de orientação nutricional permamente para suplementar a dieta com compostos ricos em proteínas, vitamina B12 e ferro. Cuidados especiais para evitar casos de desnutrição após a cirurgia também são necessários.

Após a cirurgia, o paciente já sai do hospital, em média, com menos dois quilos. Nos primeiros meses, a redução no peso chega ser de sete a oito quilos. Os pacientes com quadro de diabetes tipo 2 podem precisar reduzir ou interromper o uso de insulina. A complicação mais difícil de ser tratada é a pressão arterial. Ela demora mais a estabilizar e o paciente não interrompe o uso de medicamentos.

Todos os tipos de tratamento da obesidade, do mais simples ao mais radical, exigem empenho e determinação. Será sempre necessário um suporte multiprofissional e a adequação da dieta às novas metas a serem alcançadas. Para garantir um bom nível de adesão e o sucesso terapêutico, sua motivação é essencial e pode ser auxiliada por orientações com embasamento técnico e científico de qualidade, ajudando na solução ou diminuição do problema.

Como melhorar minha atividade física?

  • O início das atividades deve ser gradual e de acordo com a sua capacidade física. Assim elas não serão um peso para você. Pelo contrário, se você souber aproveitar este momento elas serão fonte de prazer diário.
  • Mantenha os exercícios com horários fixos, para que eles se tornem um hábito. Isso fará com que você sinta falta deles o dia que não fizer.
  • Utilize escadas ao invés de elevadores e dispense o carro, sempre que possível, para dar uma caminhada.
  • Pratique jardinagem, lave o seu carro, leve seu cachorro para passear e faça outras atividades domésticas que sejam interessantes e que ajudem você a se exercitar mais fisicamente.
  • Um companheiro ou amigo pode auxiliá-lo incentivando e exercitando-se junto.
  • Aproveite seu tempo livre para dançar, pedalar e caminhar em um local onde você tenha contato direto com a natureza.


Quais os benefícios da prática regular de atividades físicas?

  • Redução da pressão arterial;
  • Melhora da resistência insulínica;
  • Melhora da força muscular e da mobilidade articular;
  • Controle do peso corporal;
  • Melhora do perfil lipídico;
  • Maior condicionamento físico;
  • Aumento da auto-estima;
  • Melhora no bem-estar geral, alívio do stress e redução da depressão;
  • Manutenção da autonomia com melhora nas relações interpessoais.


E o que é caloria?

Caloria é a unidade padrão para medir a energia proporcionada pelos alimentos. O corpo gasta parte da energia adquirida nos alimentos para manter suas atividades básicas e vitais, tais como fazer circular o sangue, respirar, fazer a digestão e a diurese; e gasta outra parte para atividades de vida, tais como andar, trabalhar, exercitar-se.

Vale a pena lembrar que o que mais engorda, ao contrário do que se pensa, não é o açúcar, mas as gorduras. Para se ter uma idéia, é bom lembrar que 1 grama de gordura tem 9 calorias, enquanto 1 grama de açúcar tem 4 calorias. A maioria dos alimentos que engordam e são irresistíveis ao paladar contém os dois componentes, como chocolate, sorvetes e massas. A energia calórica que adquirimos nos alimentos vem de três tipos de nutrientes: as proteínas, as gorduras e os carboidratos.

A obesidade tem relação com a idade?

Com o avançar da idade a quantidade de músculos tende a diminuir e a de gordura passa a representar maior porcentagem do peso total do corpo. Esta menor quantidade de massa muscular significa diminuição no metabolismo e diminuição na necessidade de calorias. Se você não diminuir a ingestão calórica com a idade, certamente você ganhará peso.

A incidência de obesidade na infância está aumentando em todo o mundo. No Brasil está ocorrendo um aumento marcante da obesidade infantil e de suas possíveis complicações clínicas. Ela predomina no primeiro ano e após o oitavo ano de vida e é maior nas famílias de maior renda. Atualmente as crianças ficam muito em casa, sentadas ou deitadas na cama, jogam video-game por tempo prolongado, navegam pela internet, assistem vídeos ou estão ligadas na TV. Diminuíram suas atividades ao ar livre, com conseqüente diminuição do gasto energético e aumento do peso.

É em torno dos dois anos e meio que se definem o número de células gordurosas de uma pessoa adulta. Uma criança com excesso de peso pode ter maior número de células gordurosas que uma criança com peso normal. Na fase adulta, tendo maior número de células gordurosas, essa pessoa terá maior dificuldade em se manter magro. As pessoas que possuem menor número de células gordurosas, mesmo que venham a ganhar algum peso, não serão obesas, já que possuem poucas células que armazenam gordura.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Doença de Chagas: Causas, Sintomas, Tratamento e Prevenção


Em 1909, Carlos Chagas, pesquisador do Instituto Osvaldo Cruz, descobriu uma doença infecciosa que acometia operários do interior de Minas Gerais. Esta, causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi, é conhecida como doença de Chagas, em homenagem a quem a descreveu pela primeira vez.

O mal de Chagas, como também é chamado, é transmitido, principalmente, por um inseto da Subfamília Triatominae, conhecido popularmente como barbeiro. Este animal de hábito noturno se alimenta, exclusivamente, do sangue de animais vertebrados. Vive em frestas de casas de pau a pique, camas, colchões, depósitos, ninhos de aves, troncos de árvores, dentre outros locais, sendo que tem preferência por locais próximos à sua fonte de alimento.

Ao sugar o sangue de um animal com a doença, este inseto passa a carregar consigo o protozoário. Ao se alimentar novamente, desta vez de uma pessoa saudável, geralmente na região do rosto, ele pode transmitir a ela o parasita.

Esse processo se dá em razão do hábito que este tem de defecar após sua refeição. Como, geralmente, as pessoas costumam coçar a região onde foram picadas, tal ato permite com que os parasitas, presentes nas fezes, penetrem pela pele. Estes passam a viver, inicialmente, no sangue e, depois, nas fibras musculares, principalmente nas da região do coração, intestino e esôfago.

A transfusão de sangue contaminado e transmissão de mãe para filho, durante a gravidez, são outras formas de se contrair a doença. Recentemente descobriu-se que pode ocorrer a infecção oral: são os casos daquelas pessoas que adquiriram a doença ao ingerirem caldo de cana ou açaí moído contendo, acidentalmente, o inseto. Acredita-se que houve, nesses casos, invasão ativa do parasita, via aparelho digestivo.

Cerca de 20 dias após a sua primeira – e última – cópula, a fêmea libera, aproximadamente, 200 ovos, que eclodirão em mais ou menos 25 dias. Após o nascimento, esses pequenos seres sofrerão em torno de cinco mudas até atingirem o estágio adulto, formando novas colônias.

Febre, mal-estar, falta de apetite, dor ganglionar, inchaço ocular e aumento do fígado e baço são alguns Sintomas que podem aparecer inicialmente (fase aguda), embora existam casos em que a doença se apresenta de forma assintomática.

Em quadro crônico, o mal de Chagas pode destruir a musculatura dos órgãos atingidos (principalmente a do coração e do cérebro), provocando o aumento destes, de forma irreversível. Em muitos casos, somente essa fase é percebida pelo paciente, sendo que ela pode se manifestar décadas depois do indivíduo ter sido infectado pelo parasita.

O Diagnóstico pode ser feito via exame de sangue do paciente na busca do parasita no próprio material coletado (microscopia) ou pela presença de anticorpos no soro (através de testes sorológicos). O Tratamento, visando à eliminação dos parasitas, é satisfatório apenas no estágio inicial da doença, quando o tripanossoma ainda está no sangue. Na fase crônica, a terapêutica se direciona para o controle de sintomas, evitando maiores complicações.

O controle populacional do barbeiro é a melhor forma de prevenir a doença de Chagas.